Coimbra: Cidade da Bioética como Eterna Luz de Presença
- 1 de jun.
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Atualizado: 3 de jun.
Coimbra...
Cidade de pedra... e de pensamento.
Durante séculos, daqui se imaginou o mundo...
Hoje, pensa-se o que o mundo esqueceu:
a vida, o outro, o cuidado.
Nesta cidade, as ideias não se dizem depressa.
Escutam-se...
Habitam-se...
Porque pensar é, antes de tudo, escutar.
E o pensamento, em Coimbra, já não vive no abstrato...
Ele toca...
Sente...
Cuida.
A Bioética é o nome novo do pensamento...
Aquele pensamento que se curva e acolhe.
...uma eterna luz de presença*
Entre livros antigos e gestos presentes,
entre a memória do saber e a urgência da vida...
Coimbra aprende o que importa:
pensar para cuidar...
cuidar como quem sente...
Aqui, a ética não grita.
Sussurra...
É a linguagem dos gestos lentos...
das perguntas que não se apressam,
das decisões que sabem o seu tempo...
Eis a nossa tese: a presença.
E o nosso ponto de partida?
A escuta... A vulnerabilidade.
Os temas constantes que dão compasso à vida.
Coimbra...
Cidade do pensamento — hoje voltado para o humano.
Cidade da ética — agora escrita como dignidade.
A Bioética não chegou a Coimbra.
Foi Coimbra que acolheu a Bioética...
Pensar, aqui, é descobrir o outro.
E, cuidar... é só mais uma forma...
De o abraçar.
* Em saudosa homenagem ao Sr. Professor Doutor Jorge Biscaia, que sempre o relembrava.
Voz de Hugo Mendonça
Texto e produção de Miguel Vieira
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