
Nota de Abertura da Edição n.º 29 da Revista Portuguesa de Bioética
Carlos Costa Gomes
Presidente da Direção do Centro de Estudos de Bioética
Para trás, não apenas como história, mas sim como modelos ímpares na forma como dignificaram o CEB, ficam legados de exemplar trabalho e de dedicado empenho de todos quantos, dotados de grande capacidade de reflexão bioética, sempre orientaram o seu labor no exato entendimento do que ela é e deve ser: transdisciplinar. Reconhecer estes méritos é, não apenas uma obrigação, mas acima de tudo uma inspiração para o trabalho que nos é devido realizar.
Em 2025, o Centro de Estudos de Bioética completará 37 anos de existência: percurso invejável, sem nunca se ter transviado do seu rumo e do seu core. Aos Pólos do CEB – nacionais e internacionais – o nosso reconhecimento pelo trabalho, persistência e resiliência em acompanhar este caminho.
Aos associados do Centro de Estudos de Bioética e assinantes da Revista Portuguesa de Bioética, única a nível nacional, expressamos a nossa satisfação de poder contar com todos e com todos promovermos, através de iniciativas e atividades, a dinamização efetiva do CEB para que a sua presença a nível nacional e internacional permaneça.
A direção do CEB, juntamente com a Direção da Revista Portuguesa de Bioética, iniciou um processo de mudança no âmbito da publicação da Revista. As exigências atuais de uma sociedade digitalizada tendem a forçar novas abordagens do ponto de vista da sua edição – até hoje em suporte de papel – para o digital. O digital, na nossa opinião, não é uma inevitabilidade ou fatalidade a que todos nos temos de render, mas corresponde, sim, a uma finalidade que a todos pode beneficiar: quer aos autores que publicarem os seus artigos, porque veem o produto da sua investigação divulgado online e, por isso, com a possibilidade de mais leituras e interesse; quer, naturalmente, para o CEB, que assim pode chegar nesta área a um público mais alargado e mais abrangente.
O desejo e a vontade do CEB é transcrever todos os dias o património bioético que se iniciou no final do século passado (1988) pelo saber dos grandes pioneiros da bioética em Portugal: Jorge Biscaia, Daniel Serrão, Walter Osswald, Luís Archer, testemunhado por uma prole de discípulos que lhe deram continuidade


